por Felipe Nogueira
Há um entendimento equivocado sobre eficácia de vacinas. Uma eficácia de 95%, por exemplo, não quer dizer que 5% dos vacinados adoeceram.
A imagem abaixo mostra uma forma simplificada de como fazemos o cálculo da eficácia, utilizando como exemplo o estudo clínico randomizado da vacina da Pfizer/BioNTech:
A imagem está simplificada, pois utiliza o conceito de risco relativo. Em muitos estudos randomizados, como os das vacinas para Covid-19, é utilizado análise do tempo até o evento. Em outras palavras, é levado em consideração o tempo que cada pessoa contribuiu no estudo. Por exemplo, quanto tempo os casos de Covid-19 demoraram para acontecer em cada paciente (ou quanto tempo levou até um paciente desistir).
O importante é notar que, para uma vacina com eficácia de 78%, o desenho da imagem abaixo está errado:
Eficácia de uma vacina é sempre calculada de forma relativa ao grupo controle (os que receberam placebo ou que não foram vacinados).
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